"Todo ser é uma sombra, uma ilusão, um reflexo projetado num espelho."
Mollâ Jâmî (1414-1492, último poeta clássico persa e estudioso sufista)
"Que o sofrimento não tem raça, sexo ou classe social, e que o apaziguamento dele é o único ato humano que traz satisfação permanente."
"Tekfik cortava figuras de papelão e as coloria com giz, depois estendia uma cortina no jardim do fundo e pendurava algumas lanternas de papel coloridas nos galhos da nogueira, e então inaugurava sua apresentação.
Tevfik representava os cantos necessários, também manipulava marionetes de papelão e as fazia atuar. Como não tinha dinheiro para comprar libretos, ele improvisava o tempo todo..."
"Tevfik estava mantendo apenas na aparência a promessa de ser merceeiro; ele sempre seria ator no espírito. Brincava irresponsavelmente com os moleques que se apinhavam ao redor da loja e lhes oferecia açúcar vermelho; ele fez dos clientes amigos; nunca resistia à exigência deles por fiado e detestava cobrar-lhes o dinheiro no fim do mês."
"Bata nele mais uma vez, mais uma vez!, gritava a voz estridente. Meu coração se alegra em ver o palhaço apanhar!"
Um expoente da literatura turca, Halide Edip Adivar conta, neste livro, a história de uma graciosa recitadora de Corão pela qual é impossível não se encantar. É a partir da vida colorida de Rabia Abla que a autora aborda os dois temas essenciais de suas obras: o feminismo e o nacionalismo. Faz um panorama do final do império turco-otomano ao retratar o conflito profundo da sociedade confrontada com o choque entre as culturas orientais e ocidentais. O Palhaço e sua filha recebeu um prêmio literário em 1942 e logo obteve fama internacional.
Lindo de viver!
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