‎"O importante é que cada um possa deslumbrar-se com a história que o outro tem para contar."
Joana Cavalcanti

domingo, 30 de outubro de 2011

Receitas

Já que se fala em livros, o de receitas não poderia ficar de fora. Dois dos meus:





Pratos Vegetarianos
I.S.B.N.: 8500529474
Cód. Barras: 9788500529474
Editado por: Josephine Bacon
Reduzido: 347419
Altura: 16,5 cm.
Largura: 16,5 cm.
Acabamento : Encadernado - Capa dura
Edição : 1
País de Origem : Brasil
Número de Paginas : 48
Publicação : 1998
Volume : 5


Alimentos à base de soja
I.S.B.N.: 8506044758
Editora: Melhoramentos
Autora: Silvana Salerni
Barras: 9788506044759
Edição : 1
País de Origem : Brasil
Número de Paginas : 24
Publicação : 2005

Delícia!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Domingo cego

Minha homenagem hoje vai para ele, "o menino das causas malucas". Que já foi meu cliente e que assim como eu, faz parte desse mundo corporativo maluco e mesmo assim não se deixa abalar pela pressão do tempo contado e vive um dia após o outro, com muito amor e humanismo. Um latino-brasuca-arábe, um radical da vida, um homem bomba de idéias boas, Jihad Daou.



Benefícios do Domingo Cego

Esse benefício eu mesmo vou escrever pessoal, porque ..bom porque eu mesmo que inventei, e não achei nada na Internet. No “Domingo Cego” você já dorme no sábado, consciente que vai acordar cego no Domingo, é isso mesmo , cego , sem enxergar nada ! Você pode usar um tapa-olho, esses de dormir, ou passe uma fita crepe nos olhos e coloque óculos escuros ( é o que eu faço ) , se tiver uma bengala melhor, eu uso aquelas bengalas de trekking (vai ajudar muito no começo).

Pra que isso Jihad ? você é retardado ?

O objetivo de toda essa experiência, é a própria experiência ! Em nosso dia-dia, nos acostumamos em alimentar a nossa percepção apenas com os olhos, apenas com a visão, e com isso nos esquecemos de apreciar e desenvolver os outros sentidos . O trabalho aqui é desenvolver a PERCEPÇÂO , (como no boxe quando tapamos os olhos com uma venda dentro do ringue) a qual pessoas com deficiência visual são obrigadas a desenvolver para sobreviver, e você tem a oportunidade de desenvolver essa percepção não para sobreviver meu amigo(a), e sim para viver melhor . Com isso, aguçando a sua percepção não só com a visão, mas aprendendo a utilizar a audição (demais), paladar , olfato e tato. Sentidos que só serão sentidos se você vivenciá-los e senti-los de verdade.

São 15:00 agora, você provavelmente já almoçou, mas duvido que sentiu o gosto da comida, ou pelo menos tudo que ela tinha pra ser degustada ! Não, você não sentiu nada...sabe porque ? porque nossa mente está automatizada, e você nunca está aqui agora, sempre no passado ou no futuro (ou em lugar nenhum) e muitas vezes esquece que está vivo ( A coisa mais importante na vida, antes de tudo, é saber que está vivo ) . Com isso acaba não sentindo o gosto do alface, o calor do cobertor, o molhado do suco de goiaba, o fofinho do travesseiro, o cheiro do café com leite de manhã, e nem o frescor do vento que bate no seu rosto quando abre a janela do quarto. A quanto tempo você abre a janela do quarto ? bom acho que a sua vida toda né.... Já percebeu quanta oportunidade de VIDA que já deixou passar ? O bom é que você ainda não morreu né... Será que importa o quanto você vive, ou como é que você vive ?

O “Domingo Cego” é um bom começo pra essa nova percepção de vida, pois você é obrigado a estar AQUI AGORA , sua mente não fica vagando , sabe porque ? Porque você sente sede, e quer chegar até o filtro, sem pedir pra sua mãe. Porque você não precisa olhar pra janela, pra saber que tem um beija-flor lá, você sente ele... Porque a melancia vai ter mais sabor, o beijo vai ser mais saboroso, o banho vai ser divino porque tem água caindo na sua cabeça, e você nunca percebeu isso pensando na planilha do dia seguinte , a comida vai ter mais detalhes na sua língua, e o tocar de alguém vai ser mais caloroso pra você. Com isso vai começar a perceber as coisas simples da vida. A maioria dos dias desse ano vão ser simples como hoje, talvez algum dia você vai para um casamento ou viajar, mas essa é a sua vida..vai estar ai sentando em frente desse computador quase todos os dias desse ano, você precisa trabalhar, mas vai perceber maior qualidade de vida ao dar valor a essas coisas simples, apreciando os outros sentidos que já existe em você. Feche os olhos, tire sua mão do mouse, passe o polegar na ponta dos outros dedos, e preste atenção ..sentiu ?

O “Domingo Cego” existe pra isso , é um treinamento pra qualidade de vida através de todos os seus sentidos, melhorando assim a sua percepção perante as coisas simples da vida . No começo não é fácil, confesso... mas é como um músculo, quanto mais você treina mais forte fica, e vai conseguir levar essa percepção pra semana toda, e não só no “Domingo Cego”, e depois pra vida toda !! esse é o objetivo. Pode se praticar o “Domingo Cego” pelo menos uma vez por mês. No dia tente escutar um áudio-book, conversar com pessoas, com flores, com o cachorro, meditar, degustar, transar, cheirar e apalpar. Muita gente fala: “Nossa , você perde um Domingo todo sem ver”..rs. Ai que você se engana, você não perde, e sim ganha, porque em tudo que for fazer, vai estar presente ..é lindo !
Além de todo esse benefício, quando você abre os olhos a noite no Domingo, parece que você recebe uma luz de gratidão ( Não tem um “Domingo Cego” que eu não chore no final ) , se sente feliz e grato só de poder enxergar, e assim compartilhar esse sentimento com todas as pessoas que não tem essa oportunidade. Já ouvi gente dizer que isso é falta de respeito para com o cego !! como se eu tivesse tirando uma dos cegos ??!!, muito pelo contrário, você sente muito mais respeito uma vez que sente na pele como ele vive. Eu não consigo te deixar rico da noite para o dia, mas com o “Domingo Cego” consigo fazer com que você se sinta rico da noite para o dia. No final do texto segue o link do Maq, um grande amigo meu, carioca que perdeu a visão aos 21 anos de idade. Visitem o site dele .

Enfim pessoal, fiquem a vontade de me achar retardado , louco, e se quiserem desconsiderar esse texto, pelo menos obrigado por ler até o final. Só posso apontar o caminho e torcer que você ao menos experimente, nem que for por meio período. É algo que tem me ajudado muito e quis compartilhar com vocês. Talvez você sinta vergonha do que os outros vão achar, mas não esqueça que muitas pessoas deixam de viver ( e acabam só existindo pro resto de suas vidas ) devido ao seu status na sociedade, MEDIOCRIDADE . Isso não te mata, mas te deixa cego de verdade pro resto da sua vida.

Jihad Daou

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O manifesto comunista

O contexto e o objetivo são bons, mas como sabemos, a idéia é super radical.
O manifesto, vale a pena.

"A história de todas as sociedades que já existiram é a história de lutas de classes.
Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, chefe de corporação e assalariado; resumindo, opressor e oprimido estiveram em constante oposição um ao outro, mantiveram sem interrupção uma luta por vezes aberta..."

"Vemos, portanto, como a burguesia moderna é, ela mesma, produto de um longo curso de desenvolvimentos, de uma série de revoluções nos modos de produção e de troca."

"...Converteu mérito pessoal em valor de troca."

"...A burguesia...foi a primeira a dar provas do que a atividade humana pode empreender."

"...A burguesia...aglomerou populações, centralizou meios de produção e concentrou a propriedade em algumas poucas mãos."

"A Revolução Francesa, por exemplo, aboliu a propriedade feudal em favor da propriedade burguesa."

"Neste sentido, a teoria dos comunistas pode ser resumida em uma sentença: abolição da propriedade privada."

"Mas o trabalho assalariado resulta em alguma propriedade para o trabalhador?"

"O que o trabalhador adquire por meio de sua atividade é, pois, o mínimo necessário para a conservação e a reprodução de sua vida humilde."

"Na sociedade burguesa, trabalho para viver não passa de um meio de aumentar o trabalho acumulado. Na sociedade comunista, trabalho acumulado não passa de um meio de ampliar, enriquecer, promover a existência do trabalhador."

"Vocês nos condenam, portanto, pela intenção de acabar com uma forma de propriedade, a condição necessária para aqueles cuja existência é a não existência de qualquer propriedade para a maioria imensa da sociedade."

"Pois há aqueles, dentre eles ,que trabalham e nada adquirem, e aqueles que adquirem qualquer coisa e não trabalham."

"Você nos incrimina de querer terminar com a exploração das crianças pelos pais? Deste crime, confessamo-nos culpados."

"O que mais prova a história de ideias do que a produção intelectual muda de caráter na proporção em que a produção material muda?"

"Sem dúvida, dir-se-á, as ideias religiosas, morais, filosóficas e jurídicas foram modificadas no curso do desenvolvimento histórico. Mas a religião, a moralidade, a filosofia, as ciências políticas e a lei sobreviveram, com firmeza, a esta mudança."

"Nada é mais fácil do que dar ao acetismo cristão um toque socialista. O cristianismo não se declarou contra a propriedade privada, contra o casamento, contra o Estado? Não pregou em seu lugar caridade e pobreza, celibato e mortificação da carne, vida monástica e a madre Igreja? O socialismo cristão não passa de água benta, com a qual o padre consagra a inveja do aristocrata."

"O trabalho dos literati alemãs consistiu somente em harmonizar as ideias francesas novas com a sua consciência filosófica antiga, ou melhor, em anexar as ideias francesas sem desertar do seu próprio ponto de vista filosófico. Essa anexação tomou lugar do mesmo modo em que uma língua estrangeira é apropriada, ou seja, por tradução."

"Uma parte da burguesia deseja compensar injustiças sociais para assegurar a continuidade da existência da sociedade burguesa. A esta parcela pertencem economistas, filantropos, humanitários, aperfeiçoadores da condição da classe trabalhadora, organizadores de caridade, membros das sociedades para prevenir a crueldade com animais, fanáticos pela temperança, reformadores secretos, pois ilegais, de todos os tipos imagináveis."

"A burguesia socialista quer todas as vantagens das condições sociais modernas sem as lutas e os perigos que necessariamente resultam disto. Deseja o estado da sociedade existente sem os seus elementos revolucionários e desintegradores, Quer uma burguesia sem proletariado. O melhor dos mundos, pensa a burguesia, é naturalmente o mundo que ela domina."

"Os comunistas lutam para alcançar objetivos imediatos, para dar força aos interesses momentâneos da classe trabalhadora."

"Em resumo, os comunistas de toda a parte apoiam todos os movimentos revolucionários contra a ordem social e política das coisas existentes."

"PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES,
UNI-VOS!"

"Burguesia significa a classe dos capitalistas modernos, que possuem meios da produção social e empregados assalariados. Proletariado, a classe dos trabalhadores assalariados modernos que, por não ter meios de produção próprios, são reduzidos a própria força de trabalho para poder viver."

"Chefe de grupo, ou seja, um membro efetivos de um grupo, e não presidente."

Sobre os autores

Economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx nasceu em Trier em 5 de Maio de 1818 e morreu em Londres a 14 de Março de 1883. Estudou na universidade de Berlim, principalmente a filosofia hegeliana, e formou-se em Iena, em 1841, com a tese Sobre as diferenças da filosofia da natureza de Demócrito e de Epicuro. Em 1842 assumiu a chefia da redação do Jornal Renano em Colônia, onde seus artigos radical-democratas irritaram as autoridades. Em 1843, mudou-se para Paris, editando em 1844 o primeiro volume dos Anais Germânico-Franceses, órgão principal dos hegelianos da esquerda. Entretanto, rompeu logo com os líderes deste movimento, Bruno Bauer e Ruge.

Em 1844, conheceu em Paris Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados. Ao mesmo tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto O Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Voltou para Paris, mas assumiu logo a chefia do Novo Jornal Renano em colônia, primeiro jornal diário francamente socialista.

Depois da derrota de todos os movimentos revolucionários na Europa e o fechamento do jornal, cujos redatores foram denunciados e processados, Marx foi para Paris e daí expulso, para Londres, onde fixou residência. Em Londres, dedicou-se a vastos estudos econômicos e históricos, sendo freqüentador assíduo da sala de leituras do British Museum. Escrevia artigos para jornais norte-americanos, sobre política exterior, mas sua situação material esteve sempre muito precária. Foi generosamente ajudado por Engels, que vivia em Manchester em boas condições financeiras.

Em 1864, Marx foi co-fundador da Associação Internacional dos Operários, depois chamada I Internacional, desempenhando dominante papel de direção. Em 1867 publicou o primeiro volume da sua obra principal, O Capital. Dentro da I Internacional encontrou Marx a oposição tenaz dos anarquistas, liderados por Bakunin, e em 1872, no Congresso de Haia, a associação foi praticamente dissolvida. Em compensação, Marx podia patrocinar a fundação, em 1875, do Partido Social-Democrático alemão, que foi, porém, logo depois, proibido. Não viveu bastante para assistir às vitórias eleitorais deste partido e de outros agrupamentos socialistas da Europa.


Friedrich Angels nasceu em Barmen, na Prússia, em novembro de 1820. Pertencia a uma família de abastados industriais, de idéias liberais e fé protestante. Freqüentou a escola secundária em sua cidade natal, mas não terminou os estudos. Por imposição do pai, teve de dedicar-se aos negócios familiares e residiu durante três anos em Bremen, onde trabalhou nos escritórios de uma empresa de exportação. Nessa cidade, entrou em contato com os jovens Alemães, grupo de escritores liberais e revolucionários, entre os quais figurava o poeta Heinrich Heine. Engels logo juntou-se aos jovens Hegelianos, entre os quais figurava o teólogo e historiador Bruno Bauer e o anarquista Max Stirner.
Foi em Bremen que Engels iniciou sua brilhante carreira de jornalista, sob o pseudônimo de Friedrich Oswald. Graças a seus artigos, ingressou posteriormente no círculo hegeliano de Berlim, onde adquiriu fama de dialético profundo e incisivo, sobretudo por seus ataques à religião. Também em Berlim, fez amizade com Moses Hess, que o iniciou no comunismo e o convenceu de que essa teoria era a conseqüência necessária da dialética hegeliana.
Protetor e principal colaborador de Kal Marx, Engels desempenhou papel de destaque na elaboração da doutrina comunista. De grande capacidade intelectual, conhecia muitas línguas e especializou-se em temas com as nacionalidades, política internacional, assuntos militares e ciências
Em 1842 transferiu-se para a Inglaterra, onde esperava que se produzisse a revolução, por ser o país mais avançado industrialmente. Ali viveu algum tempo, dedicado a seus negócios, enquanto tomava contato com os líderes radicais e estudava a situação social do país.
Mudou-se para Bruxelas e abraçou o materialismo histórico de Marx.
Em Paris, fez contato com grupos de imigrantes alemães e com socialistas Franceses e, em 1847, organizou a liga Comunista, oriunda de uma sociedade secreta chamada Liga dos Justos. Em 1848 apareceu o manifesto comunista elaborado em colaboração com Max. Residiu sucessivamente na Itália, na Suíça e por último na Inglaterra, onde dirigiu uma empresa têxtil, ao mesmo tempo em que colaborava estreitamente com Marx na estruturação e difusão do movimento comunista.
Em 1878, Engels decidiu abandonar definitivamente sua atividade comercial para dedicar-se por completo à difusão da doutrina comunista em jornais e revistas e aos contatos com dirigentes socialistas nos principais países europeus. Participou também, da criação e organização da Associação Internacional dos trabalhadores. Engels morreu em Londres, em 05 de agosto de 1895.
Principais obras do autor: A guerra dos camponeses alemães - O fim da filosofia clássica alemã - A origem da família - da propriedade privada e do estado.


O Manifesto Comunista - Col. Saraiva de Bolso
Autor: Engels, Friedrich; Marx, Karl
Fornecedor: Saraiva de Bolso (edição Digital)
Categoria: Livro Digital / Ciências Humanas e Sociais
I.S.B.N.:9788520928424
Cód. Barras: 9788520928424
Reduzido:3658547
Edição : 1 / 2011
Territorialidade : Internacional

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O palhaço e sua filha (Nota final)

Hoje terminei de ler "O palhaço e sua filha". O livro é fofo e rico de encanto. Recomendo!

"Portanto, a única coisa que importa é estimar a unidade, a consciência de que somos parte de uma grande força amorosa. Essa é a única verdade em meios às sombras passageiras e o material perecível usado para a composição de um quadro eterno e constantemente cambiante."

"A honra é uma palavra vazia para a satisfação da insignificante vaidade quando uma grande causa está em jogo."

"O apelo de Sevki alçara apenas sua mente; o dela era um apelo humano, e atingiu-lhe o coração."

"O mundo é uma arena em que Deus, o diabo e os seguidores deles reinam enquanto lutam pela supremacia. Se você desejar participar da briga, tem de se alistar no exército de um ou de outro."

"A moralidade do amor...Essa deve ser a força reinante em instituições humanas um dia. Espero que sim."

"Os pobres não podem se dar ao luxo de ficar pensando nos problemas; viver exige juízo agudo e atenção completa."

"Só há um trabalho infalível para o homem que fracassa em qualquer outro ofício - mendigar. Um mendigo é a pessoa mais opulenta nesta terra, contanto que conheça os truque do jogo."

"Era curioso o jeito que todos mudavam de papel e de condição no palco da vida. No entanto, nós nos deparávamos com eles novamente. O plano da vida permeava alternadamente a mesma pessoa."

"Nós somos trazidos ao mundo duas vezes...Uma vez por nossa mãe e uma vez pela mulher que amamos."

"Não havia palavras pronunciadas, mas os lábios se mexiam, e havia um esquisito som coletivo, tão expressivo quanto a vida secreta de um bosque silencioso."

"Ele estava absorto em sua religião, que significava para ele um ódio eterno."

"Osman era do Ocidente, onde os homens faziam vivissecção em criaturas caladas para aprender os mistérios da vida."

"Onde é que o céu começava ou terminava?"

"Era o único homem naquele barco repleto de exilados a quem não pediram para unir-se como membro de um novo partido. Não se interessou pelas discussões deles. Tevfik era apenas um palhaço."

"Neto! Ah! O rosto de Tevfik se transfigurou...Você vai acrescentar um bebê-marionete a seu teatro de sombras."

Sinekli Bakkal, Halide Edip Adıvar 's famous novel. First, the English of The Clown and His Daughter, (with Clown Girl ) under 1935 the name in the London 'were also published. In 1935, the first time in Turkish news was serialized in the newspaper. Then 1936 was published as a book . By 2006, 37have been published. Novels translated into many foreign languages, 1942 in Roma's Gift to the CHP expand earned.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O Palhaço

Gente, preciso dizer que este é imperdível!
Selton, se eu pudesse sublinhar algo, como sublinho as minhas partes preferidas nos meus livros, certamente sublinharia você!















Benjamin (Selton Mello) e Valdemar (Paulo José) formam a fabulosa dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue.
Benjamim é um palhaço sem identidade, CPF e comprovante de residência. Ele vive pelas estradas na companhia da divertida trupe do Circo Esperança. Mas Benjamim acha que perdeu a graça e parte em uma aventura atrás de um sonho.














28 de outubro, nos cinemas!


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Todo mundo quer ser bom

Neste final de semana, por um acaso, li uma matéria de abril da revista Vida Simples, que por sinal, eu não conhecia.
A reportagem caiu como uma luva! Não sei se foi coincidência ou um desses sinais que a "vida vive" dando.
Sem muito a comentar, deixo como sempre, meus trechos preferidos e quem quiser ler a matéria "quase" na íntegra, pode encontrar aqui: http://mdemulher.abril.com.br/bem-estar/reportagem/auto-ajuda/todo-mundo-quer-ser-bom-545002.shtml



"Além disso, a verdadeira bondade dá lugar à palavra e à ação do outro. Isto é, tenho de perguntar o que o outro quer, o que ele deseja, antes de querer impor a ele meus modelos e referências."


"O exercício da bondade também não pode ser usado para suprir nossas próprias carências de afeto, ou as carências de afeto de outras pessoas", diz Amnéris Marone, psicoterapeuta, professora na Faculdade de Antropologia da Unicamp e colaboradora da Associação Palas Athena, onde ministra cursos.


"Uma pessoa que teve os pais, ou um professor influente, capazes de ser tolerantes com o mal, o erro ou um limite, vai estar capacitada a se aceitar melhor em sua totalidade e a não projetar suas emoções negativas nos outros, como se não as tivesse", afirma Amnéris.


"Vocês ainda tentam tudo da maneira antiga: escuro-claro, bom-mau, frio-quente. (...). O mal não existe, existe força não transformada (...). O mal é o bem em formação, o que ainda não está pronto. Não corrija o mal. Aumente o bem. Ele absorverá o mal que existe ao seu redor".


"Bondade, solidariedade e compaixão são sinônimos entre si. O que as determina é sentir em si mesmo a dor do outro e querer estar junto dele para minimizar seu sofrimento."


"Uma pessoa só é capaz de praticar a bondade real depois que conhece a si mesmo e aceita seu lado mais sombrio, sua própria agressividade e destrutividades."

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A rua me lê

E o dia das crianças foi demais! Digno de sorrisos e gargalhadas!
Lanches vegetarianos, doces, apertos de mão e um bucadinho de histórias.
Quero mais mais e mais!


Yasmin >>>>>>>














Bora para ruuuuaaaaaa!



























Quero mais história para contar, quero mais histórias para ouvir, quero aprender com o irmão, quero coletivo, quero ser sempre criança.








domingo, 9 de outubro de 2011

Uma leitura da vida

Estava começando aqui hoje, dizendo que desta vez não seria um post sobre leitura, mas pensando bem, voltei e mudei, porque o post é sim sobre leitura! Uma leitura da vida...aos meus olhos.

Ontem tive uma das experiências mais emocionantes.
Tive um dia de beijos, abraços, cheiros, apertos, cores, poesia, corrida de sapo, de um pé só, adolêta, batata quente, dança, estátua, riso, choro, colo, bexiga e palhaço!

Graças ao meu queridíssimo Nathan, vulgo meu irmão, pude passar um dia que me rendeu dores nas pernas, nos braços e, um preenchimento animal no coração.
Além dessa sensação toda, várias coisas despertaram em mim a vontade de continuar e fazer mais e mais, por mim, por você e por nós.
Mais do que esse lance de ajudar, que dispensa comentários, o que fica na cabeça é o lance do coletivo. Como é bom estar junto! Junto do irmão, do amigo, do cachorro, da família, do vento, árvore, som...
Estou descobrindo que o mundo corporativo transforma as pessoas em indíviduos no mais alto teor da palavra e que o significado do Eu vai além do dicionário.
Já que não posso me livrar desse mundo que transforma as pessoas, quero me livrar dessa transformação que ele faz e movimenta.




irmão
ir.mão
sm (lat germanu) 1 Filho do mesmo pai e da mesma mãe, ou só do mesmo pai ou só da mesma mãe. 2 Cada um dos membros duma confraria. 3 Frade que não exercia cargos superiores. 4 Membro da maçonaria. 5 Amigo inseparável. 6 Correligionário. adj Igual, idêntico. I. consangüíneo: o mesmo que irmão de pai. I.-da-opa: a) beberrão; b) gír: cúmplice no roubo. I. de armas: camarada de guerra. I. de mãe: irmão só pelo lado materno. I. de pai: irmão só pelo lado paterno. I. de sangue: o mesmo que irmão de pai. I. carnais: o mesmo queirmãos germanos. I. colaços: o mesmo que irmãos de leite. I. da canoa, Folc: confraria sui-generis, sem estatutos escritos; sociedade folclórica por excelência, na qual a oralidade estatutária impera, congraçando uma centena de participantes ativos da festa do Divino Espírito Santo de Tietê, Estado de São Paulo. I. de leite: os amamentados pela mesma pessoa, sendo filhos de pai e mãe diferentes. I. em armas: reis que tinham com outros liga ofensiva e defensiva. I. gêmeos: os nascidos do mesmo parto. I. germanos: filhos do mesmo pai e da mesma mãe, uns em relação aos outros. I. legítimos: os filhos legítimos com relação uns aos outros. I. uterinos: irmãos e irmãs filhos da mesma mãe mas de diferentes pais. I. siameses: os que têm suas vidas fisiológicas ligadas uma a outra (por alusão aos irmãos gêmeos Chang e Eng, nascidos em 1811 na Tailândia (ex-Sião) e falecidos em Nova York em 1874, ligados entre si por uma membrana situada à altura do peito).




Ainda me descobrindo como pessoa, posso direcionar meu caminho ao que me faz feliz e me torna disponível para o mundo, como irmã, filha, sobrinha, prima, amiga, namorada, profissional, cidadã...e ser humano.








Quero deixar minha homenagem a ele.
A ele que cuidei, que briguei um dia, que dei banho, comida, amasso...a ele que hoje é um homem! A ele que me dá muito orgulho e muito amor.
Ao homem que como eu, pensa no amor do coletivo e que abraça as minhas ideias mais malucas.
Ele meu amigo, meu ídolo, meu palhaço, meu irmão.




amor
a.mor
sm (lat amore) 1 Sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso. 2 Grande afeição de uma a outra pessoa de sexo contrário. 3 Afeição, grande amizade, ligação espiritual. 4 Objeto dessa afeição. 5 Benevolência, carinho, simpatia. 6 Tendência ou instinto que aproxima os animais para a reprodução. 7 Desejo sexual. 8 Ambição, cobiça: Amor do ganho. 9 Culto, veneração: Amor à legalidade, ao trabalho. 10 Caridade. 11 Coisa ou pessoa bonita, preciosa, bem apresentada. 12 Filos Tendência da alma para se apegar aos objetos. Antôn: aversão, ódio. sm pl 1 Namoro. 2 O objeto amado. 3 O tempo em que se ama.



Incrível como a vida se transforma por trás de um nariz de palhaço.




coletivo
co.le.ti.vo
adj (lat collectivu) 1 Que abrange muitas coisas ou pessoas. 2Pertencente ou relativo a muitas coisas ou pessoas. 3 GramQue, no singular, exprime o conjunto de muitos indivíduos da mesma espécie. sm 1 Gram Substantivo comum que, no singular, indica uma coleção de seres da mesma espécie:folhagem, areal. 2 Veículo para transporte coletivo, público ou particular. C. determinado: o que indica número certo de seres que constituem uma coleção: centena, dúzia. C. geral: o que abrange a totalidade dos seres de uma coleção: exército, multidão, povo. C. indeterminado: o que indica número incerto de seres que constituem uma coleção: rebanho, multidão. C. partitivo: o que abrange apenas parte dos seres de uma coleção: metade, maioria. (Nota: A N.G.B. suprimiu esses nomes em que se dividia o coletivo.)






Eu gosto é do coletivo! Gosto de abraçar, beijar, amassar.
Gosto de dividir o copo, comer da mesma refeição! Gosto do amor, do sorriso, da alegria. Gosto do doar. Gosto de mim, de você e de todo mundo.
Porque é impossível ser feliz sozinho.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O palhaço e sua filha

Comecei hoje e estou a-m-a-n-do!


"Todo ser é uma sombra, uma ilusão, um reflexo projetado num espelho."
Mollâ Jâmî (1414-1492, último poeta clássico persa e estudioso sufista)

"Que o sofrimento não tem raça, sexo ou classe social, e que o apaziguamento dele é o único ato humano que traz satisfação permanente."

"Tekfik cortava figuras de papelão e as coloria com giz, depois estendia uma cortina no jardim do fundo e pendurava algumas lanternas de papel coloridas nos galhos da nogueira, e então inaugurava sua apresentação.
Tevfik representava os cantos necessários, também manipulava marionetes de papelão e as fazia atuar. Como não tinha dinheiro para comprar libretos, ele improvisava o tempo todo..."

"Tevfik estava mantendo apenas na aparência a promessa de ser merceeiro; ele sempre seria ator no espírito. Brincava irresponsavelmente com os moleques que se apinhavam ao redor da loja e lhes oferecia açúcar vermelho; ele fez dos clientes amigos; nunca resistia à exigência deles por fiado e detestava cobrar-lhes o dinheiro no fim do mês."

"Bata nele mais uma vez, mais uma vez!, gritava a voz estridente. Meu coração se alegra em ver o palhaço apanhar!"

Um expoente da literatura turca, Halide Edip Adivar conta, neste livro, a história de uma graciosa recitadora de Corão pela qual é impossível não se encantar. É a partir da vida colorida de Rabia Abla que a autora aborda os dois temas essenciais de suas obras: o feminismo e o nacionalismo. Faz um panorama do final do império turco-otomano ao retratar o conflito profundo da sociedade confrontada com o choque entre as culturas orientais e ocidentais. O Palhaço e sua filha recebeu um prêmio literário em 1942 e logo obteve fama internacional.

Lindo de viver!

Abusado

Li este livro no ano passado e sou suspeita para falar dessa linha de leitura, pois sou completamente apaixonada por filmes e livros nacionais que tratam histórias do morro e da exclusão social.
Não que jusfique o traficante, mas confesso que no final do livro, já gostava do personagem e torcia pelo "final feliz" da história, que toda "menininha"espera. Quem me conhece sabe, tenho esse lado social meio aflorado e tento sempre analisar as situações de ambos os lados, porque no fundinho de todo mal, sempre tem um pouquinho do bem.
O livro é animal e o autor dispensa maiores comentários, pelo menos por mim.
Caco entra de cabeça nesse documentário facinante de mais um traficante que nasce com o espiríto Robin Hood.
E para quem é curioso como eu, vale dar uma bisbilhotada na história do cara depois, do real, para ver as fotos e as reportagens da época.

Super indico!


  • Grande vencedor do Prêmio Jabuti 2004 na categoria Reportagem e Biografia. Uma reportagem investigativa sobre a entrada do Comando Vermelho na favela Santa Marta, no Rio de Janeiro, e a formação de uma geração de traficantes. O livro do jornalista Caco Barcellos acompanha a escalada da criminalidade no estado do Rio de Janeiro, revelando o seu código de ética e modus operandi através da história de Juliano VP, codinome de um famoso traficante carioca.

  • Editora: Record
  • Autor: CACO BARCELLOS
  • ISBN: 850106520X
  • Origem: Nacional
  • Ano: 2003
  • Edição: 1
  • Número de páginas: 564
  • Acabamento: Brochura
  • Formato: Médio

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O menino do pijama listrado

Lembrei de um livro que amei, apesar de ser tão triste. Não assisti o filme, mas super indico o livro, que chorei tanto lendo!

Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz ideia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. 'O menino do pijama listrado' é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.


Autor:
Boyne, John
Formato: Livro
Editora: Companhia das letras
ISBH-13: 9788535911121
Encadernação: Brochura
Dimensão: 21 x 14 cm
Ano de lançamento: 2007
Número de páginas: 192

Poemas completos.

Eu e minha companheira (marca-texto), finalizamos (no bom sentido da palavra) Caeiro neste último final de semana.
Não preciso comentar muito, porque os meus preferidos já dizem tudo!

"Passou a diligência pela estrada, e foi-se;
E a estrada Não ficou mais bela, nem sequer mais feia.
Assim é a ação humana pelo mundo fora.
Nada tiramos e nada pomos; passamos e esquecemos;
E o sol é sempre pontual todos os dias."

"Passa, ave, passa, e ensina-me a passar!"

"Tristes das almas humanas, que põem tudo em ordem,
Que traçam linhas de cousa a cousa,
Que põem letreiros com nomes nas árvores absolutamente reais,
E desenham paralelos de latitude e longitude
Sobre a própria terra inocente e mais verde e florida do que isso!"

"Procuro encostar as palavras à idéia
E não precisar dum corredor
Do pensamento para as palavras"

Eis o meu preferido!:

"Procuro despir-me do que aprendi,
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu..."


"Isto sinto e isto escrevo..."


"Ora acertando com o que quero dizer, ora errando,
Caindo aqui, levantando-me acolá,
Mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso."


"Que todos andam a achar e que não acham,
E que só eu, porque a não fui achar, achei."

"Basta existir para ser completo."


"Não desejei senão estar ao sol ou à chuva-
Ao sol quando havia sol
E à chuva quanto estava chocvendo..."


"Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei."


"Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!"


"Ser real quer dizer estar dentro de mim."


"Pouco me importa.
Pouco me importa o quê? Não sei: pouco me importa."


"...que não sei se é fome de comer,
Ou se é só fome da sobremesa alheia...
...Que feliz deve ser quem pode pensar na infelicidade dos outros!
Que estúpido se não sabe que a infelicidade dos outros é dele..."


"Durmo com a mesma razão com que acordo
E é no intervalo que existo."


"Não sei o que é conhecer-me. Não vejo para dentro.
Não acredito que eu exista por detrás de mim."


"Mas eu não quero o presente, quero a realidade;
Quero as cousas que existem, não o tempo que as mede."


"Perdi-me dentro de mim / Porque eu era labirinto, / E hoje, quando me sinto, / É com saudades de mim (Dispersão)."


"...a base da arte é a sensação."


"Diferente de tudo, como tudo."


"...transbordei, não fiz senão extravasar-me..."